Tem uma coisa que há algum tempo está latejando aqui nessa velha mente. Na verdade são várias, mas algumas delas giram em torno de um mesmo tema (e as outras ficam para depois, por enquanto).
…
Lembro de uma época em que (quase) todo músico na Bahia vivia o dilema de se “vender” e ir tocar em alguma banda de axé ou continuar investindo na música que desejava, ignorando a propalada “music” fomentada nas entranhas da WR, vestindo sua indumentária de artista e encarando os percalços desta escolha, tal qual um Quixote sonhador.
Não eram bons tempos. Ou, se eram, não percebíamos (e coloco-me nessa horda, apesar de não ter vivido esse dilema, pois logo cedo desisti de tocar qualquer instrumento e passei a tentar cantar (e cantar não era algo que se podia fazer escondido (quase nos bastidores do palco) ou se afastando da beirada do trio elétrico para não ser reconhecido por algum amigo (imaginem esse que vos escreve sendo um puxador de trio??!! (seja lá o que seja isso… (quer saber?? pergunte a Chaves… não… não ao venezuelano ou ao alter ego de Chapolin… ao outro))))).
Sim… Os tempos não eram bons ou ruins. Eram apenas nossos tempos… nosso tempo.
…
E o tempo passou, e o que era o inimigo (sim… inimigo… não me venham com amenidades) começou a demonstrar sinais de fraqueza.
E, eis que tal qual o menino desavisado que chuta cachorro morto e depois tem que aguentar o mau cheiro, alguns honoráveis (e alguns não tão honoráveis) representantes daquela (nossa) geração adepta do “cervantismo” começaram a esquecer das velhas batalhas e passaram a “sempre curtir” os hinos da protoaxé e depois do axé-primeira-fase.
Aí vieram festinhas em casas de amigos, festinhas em boates… todas (ou quase) com um axézinho desfilando quase despercebido. E tome-lhe bundinha pra lá… “Chiclete no início era legal”… Um ti-ti-ti-ti ti-ti, vou me debochar por aí… “banda Reflexus era massa”… Ou seja, o axé começou a ganhar ares de cult… ou cool.
Sempre tinha aquele que vinha com o papo de que o “axé de antigamente” não era tão ruim assim… e, perto do que se faz hoje, até dá para curtir… Pior que muitos desses que lançavam (e lançam) esse argumento eram (e são) os mesmos que acusavam (e acusam) toda pessoa que afirma preferir o rock do passado de retrógrados, ou, simplesmente, saudosistas (Quantas dessas pessoas já não me disseram que eu tenho que perceber que o rock de hoje também é bom (muitas vezes melhor), que eu é que não sei escutar o rock new generation, que sou parado no tempo… um saudosista!!)
…
Até aí tudo bem…
Tudo bem uma ova!!! (expressão louca!! alguém explica por que “ova”??)
Sim… Tudo bem uma ova!!!
Isso tudo sempre me deu nos nervos… Axé velho, novo, proto, pré… seja lá de que época… sempre foi uma merda… ou seja cool mesmo (leia-se “cu”). E não é porque hoje conseguem ser piores ou porque fiquei velho e essas musiquinhas bizonhas me lembram a adolescência que passarei a gostar.
…
Sim…
Mas como estamos sempre sujeitos a “Lady Murphy”… o urubu de baixo cagou no de cima. E o que eram apenas musiquinhas relembradas em festinhas começaram a invadir os palcos de Salvador (palcos e degraus… afinal, na maioria das casas desta soterópolis o que temos é um degrau com uma banda em cima… e isso quando temos o degrau).
No início era uma brincadeirinha em meio ao repertório “sério”, depois a brincadeirinha começou a ser levada a sério… e deu no que deu!!!
Hoje temos um bando de gente se curvando à sonoridade infame de suas infâncias e adolescências, incorporando as sonoridades do outrora inimigo. E o pior, o público, que já achava legal relembrar o axé cool nas festinhas, também incorporou tudo isso numa boa.
Não, não meus amigos. Sou saudosista. Gosto e quero rock como antigamente. Seja nos palcos, nos degraus ou nos trios. Já me irritava rock com maracatu, já me irritava rock com sambinha, e me irrita mais ainda rock com batuquinhos e tingue-lingues da baianidade nagô. Não sou adepto de misturas. Para mim é sempre cachaça (ou vodka) pura… sem limão, sem mel nem açúcar.
O que me consola é saber que os bravos guerreiros de outrora estão velhos (e talvez gagás) e por isso se esqueceram e amoleceram com o inimigo. É saber que ainda existem jovens por aí com guitarras em punho e pedais podres para fazer o rock rolar (tudo bem… há um bando desses com franjinhas na cara e letras de Chitãozinho e Xororó, ou com os choramingos dos Hermanos, mas embaixo de toda essa choradeira ainda existe uma garotada fazendo rock de verdade).
…
É… Talvez eu seja o último saudosista… dono de uma adolescência tardia que ainda me liga ao bom e velho rock’n’roll.
Mas a sensação que tenho é que aquela máxima de “se não pode vencê-los, junte-se a eles” caiu como uma luva sobre minha geração.
Bravo, minha Bahia!!!
…
ósculos e amplexos a todas e todos
L~
… pós-axé uma caceta!!! O único Pós que gosto fica no Red River…
83 comentários
Comments feed for this article
26/01/2010 às 9:09 am
Aguirre
Sintetizou bem o que eu também me indagava. Que merda é essa que o axé, o grande inimigo de quem estava fora do mainstream, agora é cult e absorvido pelos ditos ‘alternativos’? Roqueiro virando axezeiro das antiga? Só me faz lembrar a máxima de Otávio Mangabeira: pense num absurdo, na Bahia tem precedente.
26/01/2010 às 9:46 am
Franchico
Quolé, Lion! Man, devo confessar que axé, seja atual ou de outrora, me faz vomitar de qualquer jeito. Não tem essa de “Chiclete do início era massa”, ou “banda reflexu’s era legal”. Pra mim, continua sendo tudo um cu – ainda que, comparado ao que se vê (ouve) hj em dia, algumas músicas soem menos piores hj do que na época.
Agora, acho que seria bom definir o que é axé. Axé, pra mim, é tudo o que surgiu pós-nega do cabelo duro de Luís Caldas. O que havia antes – especialmente, Armandinho, Dodô & Osmar e as bandas que seguiam sua cartilha do frevo trieletrizado – eu não considero axé.
Eu considero grande música.
Agora, muitos argumentam que, se não fossem os Novos Baianos, Moraes, Armandinho Dodô e Osmar etc, não haveria Luis Caldas, e, por conseguinte, não haveria axé music.
Ora, esse argumento é pífio. Seria como culpar Eddie Van Halen pelos guitarristas punheiteiros que surgiram no seu rastro, ou a Legião Urbana pela legião de imitadores que se seguiram à eles. Ou o Red Hot Chili Peppers e o Faith No More pela geração Limp Bizkit / Korn etc que veio anos depois. (Ou até mesmo, culpar o P-Funk e o Mother’s Finest pelo Red Hot Chili Peppers!)
Os grandes músicos não tem culpa de “inspirarem” seus imitadores, que não entenderam porra nenhuma de suas propostas originais.
Não sei se vc concorda comigo – sei que muita gente do rock não concorda e considera a turma da guitarra baiana tão ruim quanto o que veio depois.
Mas acho injusto colocá-los no mesmo saco. Mais injusto ainda é usar o argumento de que eu (ou seja lá quem for) só defende a turma da guitarra baiana por uma questão saudosista / nostálgica. Isso é diminuir a força de uma música tão popular quanto complexa, de altíssima qualidade. É subestimar a inteligência dos outros.
Enfim, é isso o que eu penso. De qualquer forma, é muito bom vc propor esse debate, até para que as pessoas saiam da toca e digam o que pensam de verdade – assim como eu fiz agora.
Mas pelo menos numa coisa eu concordo com vc em gênero número e (de)grau com vc: axé é um cú. E fim de papo. Abraço, meu velho!
26/01/2010 às 10:26 am
palavrario
Chicão, meu velho, eu não determino quem são os culpados… nem como e quando nasceu o axé… Para mim é tal qual metano saído de bosta… Quem cagou pode até valer algo… e muitos valem…
abração
L~
26/01/2010 às 10:38 am
Lica
É você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem.
26/01/2010 às 12:36 pm
Lucas Jerzy Portela
pode ter virado cult lá no sudeste. Aqui, se é re-valorizado como estética, é porque o axe-SISTEM está em falencia -e o importante é isso: desplutocratizar, democratizar esteticamente, Até pra o (bom) axé voltar.
Ja dizia o Sec. Marcio Meirelles: “o axé virou monocultura, e monocultura se empobrece”.
se dividir, como divide hoje, espaço mais igualitario com outras tendencias, o axé se enriquece esteticamente.
(e, diga-se: sem esta distenção entre o axe-music e os outros ritmos, que não é so o rock, algo como a Orkestra Rumpilezz ou o disco ChaChaCha do Retrofoguetes jamais surgiriam. Estamos falando de duas obras-primas mundiais. Portanto, é benéfico que a redemocratização estética tenha sido feita via “anisita ampla, geral e irrestrita”. E isso não é derrotismo nem cooptação)
há um equivoco comum no uso do termo pos-axe cunhado por nós: nos referimso ao pos-axeSISTEM ou pos-axeZISMO.
isto é: é o monopolio plutocratico (ismo) ou o sistema politico economico que o criou e manteve (-sistem e que eu as vezes chamo de carlo-axezismo, pra deixar claro como o axe-music de baixa qualidade foi trilha-sonora do carlismo) é o sistema monopolista que precisava acabar, e está acabando. Não o ritmo ou a estética.
Discursos em contrário me soam a um radicalismo esquerdoide algo conservador. Uma especie de freio-de-mao puxado que impede as mudanças reais – que impediria a ascensão do PCI na Italia dos anos 60, por exemplo.
Como principio, suas ideias sao validas. Mas entre principios e praticas há uma perda energetica, a que chamamos de interpretação – sem a qual nao ha realpolitik nem politicas publicas.
Nao prego um pragmatismo irreflexivo. Apenas acho bom que a disputa seja feita hoje no tabuleiro da democracia. Que implica em consesões e mutua-influencia. Repito: é altamente saudavel!
26/01/2010 às 1:35 pm
palavrario
Concessões, influência mútua, democracia estética e política, enriquecimento estético… Tudo isso eu acho lindo e maravilhoso, mas não me agrada ver que as concessões, influências e mudanças estéticas estejam sendo fatores fundamentais para que o rock se dilua e passe a ser incorporado nesse cenário que está aí.
Democracia estética eu verei quando as bandas de rock, pop, reggae, funk e o que mais quisermos estiverem tendo espaço e respeito sem precisar incorporar essa influência mútua… essa concessão (que aliás só estou vendo surgir no meio não-axé).
Cascadura é um exemplo de como um grupo de artistas conseguiu espaço (e aí estou falando com vistas às proximidade do carnaval) sem precisar fazer essas tais concessões.
Que todo mundo tem direito a fazer o que quiser, influenciar-se pelo que quiser eu concordo, entretanto não tenho que gostar (e olhe que Roney Jorge faz um som correto… só não é rock… de jeito algum (e nem acho que ele defenda que faça)).
…
Ah sim… eu não gosto de CONCESSÕES… prefiro CONQUISTAS…
26/01/2010 às 12:41 pm
Mirdad
Engraçado é que já vi cenas patéticas dos tais, assegurados pelo ciclo de comuns, requebrarem as bundas ao som de funk carioca tal qual os boys e inhas soteropolitanos.
26/01/2010 às 1:04 pm
cláudio moreira
Leão,
Não sou colonizado. Cresci no meio do bom samba baiano e carioca. O frevo elétrico de Dodô & Osmar fez parte da minha infância. Armandinho me levou à Jimi Hendrix. O rock and roll para mim tem um sentido de grito primal libertador, por mais pueril que isso possa parecer. Gosto da boa música de qualquer estilo, origem e época. Não entro em nenhuma “garrafinha”, pois sou uma célula anarquista existencialista.
Para mim essa coisa de ter o rock na alma começa quando se é adolescente e o desdobramento existencial disso é mesmo a abertura de portal mágico que te acompanha pela vida adulta, se somando, claro, a outras referências (culturais, filosóficas, políticas, etc).
Como um apreciador do bom e velho hard rock, percebo que hoje é uma heresia (que cafonice Cláudio!) se falar que se gosta de um Foghat ou Status Quo numa roda de “moderninhos” que curtem Pixies (adoro também!) e que aprenderam a gostar de João Donato (excelente músico!) depois de ouvirem Los Hermanos (argh!) e Rônei Jorge (legal ao vivo e chato em estúdio).
Tem de se ter respeito à boa música (seja ela qual for!), pois ela sempre tem carárter atemporal. Então, viva ao bom e velho rock and roll e abaixo a todo tipo de modismo (esse câncer cultural do capitalismo).
Salute amigo e parabéns pelo blog!!!!!!!!!!
Cláudio Moreira
26/01/2010 às 1:17 pm
bernardo
jogou duro lion. acertou no alvo. mas o pessoal do retros e de roney vão ficar putos com vc. eles são os culpados dessa merda tá acontecendo
26/01/2010 às 1:37 pm
palavrario
Não há culpados únicos e isolados… é tudo cansaço e velhice… hehehe
26/01/2010 às 2:19 pm
Luiz Souza
que virulência!!! bem, sou axezeiro por religião (pois axé é um termo religioso e deve ser respeitado como tal).
isso que chamam de “música baiana” me entedia, mas o roquinho fuleiro destes tempos brandos também. porém, se a natureza provou alguma coisa, é que a mistura é fundamental para a sobrevivência das espécies.
O resto é inveja…. há os que vendem e os que não vendem. O mercado é simples assim. não importa qualidade. quem não consegue emplacar esperneia. “Fazê o q, cidadão?, Fazê o q, cidadão?, Fazê o q?”
26/01/2010 às 3:43 pm
Airthon
Essa revalorização do axé é muito mais um sinal de amadurecimento do que de vontade de voltar à infância… É sinal tb de que o verdadeiro grande mal do axé, a indústria monopolizante que gira ao seu redor – e junto a isso toda uma visão bizarra da cultura baiana -, não assusta mais tanto.
Pra mim é obvio que o axé, e não só o antigo, tem coisas boas; algumas tão boas quanto antigas marchinhas de carnaval inatacadas ou mesmo que antigos frevos baianos. E tb me parece obvio que, dessas coisas boas do axé, a maioria é do “axé inicial” não apenas (embora, concorde que tenha alguma parcela de influência) em virtude de uma apreciação nostálgica das músicas, mas tb pq de fato são músicas diferenciadas. O que é explicável, dentre outros motivos possíveis, pelo fato de que, no início, não havendo ainda toda a massificação, toda a “industrialização” da produção de axés, a coisa saía mais naturalmente, mais “autêntica”, além de ser algo mais fresco, nascente.
Muito bom que alguns hj possam olhar pra trás e rever posições generalizantes e pobres.
26/01/2010 às 4:52 pm
bernardo
fudeu tudo, lion. o rock baiano axezou mesmo
26/01/2010 às 4:57 pm
FELIX
isso ai, contra a baianidade ditatorial axé-sindrômica, toca rock OLD SCHOOL; no momento podemos ver ainda no groove bar, até quando ninguém sabe.. corram enquanto é tempo.
26/01/2010 às 4:58 pm
FELIX
isso ai, contra a baianidade ditatorial axé-sindrômica, toca rock OLD SCHOOL… atualmente só no Groove Bar e olhe lá
26/01/2010 às 5:50 pm
Moisés
Porra, Leão… concordo plenamente com você em tudo o que escreveu aí em cima. E não se preocupe, pois você não é o único saudosista não.
Eu também quero o rock como antigamente e hoje, eu acho a galera “liberal” demais nesse sentido aí.
Abraço.
26/01/2010 às 5:58 pm
Matheus
Tudo pela mistura…. o festival de carnaval, digo verão, falou que ia trazer o Metallica, mas trouxe o Akon, que tem um público inferior no Brasil, se comparado. Mas óbviamente que roqueiros malvestidos e carrancudos não contribuem para a alegria letárgica e paradoxal (com a realidade baiana principalmente), que é naturalmente o belissimo semblante que queremos mostrar para que os gringos venham aqui e achem que aqui tudo é putaria (o que por falta de provas contra, acaba se tornando verdade). Não que o rock n roll que leão defende seja intelectual, mas se é para haver uma democracia e uma diversidade, então que as coisas aconteçam sem bloqueios. Mas de qualquer forma, o axé oldschool ou essa new wave of baianish axé vá a merda junto com a galera do rebolation e a tcheca no asfalto.
ahahahhaha
26/01/2010 às 7:05 pm
Cebola
O mais engraçado é que esta gente supostamente “democrática”, “misturocrática”, ou sei lá o que, é a primeira a subir nos tamancos da indignação se você fala que acha isso ou aquilo uma grandessíssima bosta! Não admitem que você diga que tal banda ou estilo ou artista seja uma merda e das grandes. O problema então seria com você, com sua falta de referências ou com sua cegueira contra a beleza evidente, ou sua falta de isenção. Ou seja. Nada fede, depende do nariz, né isso?
26/01/2010 às 10:15 pm
Lucas Jerzy Portela
tem gente defendendo aquela coisa ultra-colonialista que é o Groove Bar?! Ah, não quero crer…
Groove Bar é a contra-parte, a segunda face da moeda, do axe-sistem. Tanto que é curitibano até dizer chega.
sinto muito, mas ser anti-axe é ser anti-colonialismo sulestino. Nem que para isso se tenha de unir-se a adversarios taticos.
26/01/2010 às 10:22 pm
Lucas Jerzy Portela
o Groove Bar alem de tudo é excludente e elitista.
Abriu com a proposta de ser um bar “para mauricinho heterossexual rockeiro”. O que em Salvador é um oximoro.
Ou era.
Parece que virou isso mesmo: pra mauricinho rockeiro sectariamente heterossexual.
Triplo motivo para eu não pisar lá…
26/01/2010 às 10:27 pm
Lucas Jerzy Portela
pra constar: a música da Bahia sempre foi, e é, muito mais ampla do que esta (falsa) dicotomia (já superada) Axé X Rock.
esta é a novidade: saimos do binarismo e voltamos ao pluralismo.
Não é “entramos” no pluralismo. É “voltamos”.
Tal como o Governo Wagner é uma retomada do de Octavio Mangabeira, o que ocorre hoje na cultura em geral, e na música em particular, é uma retomada do que foi a Avant-Gard, que durou dos anos 50 até o inicio dos 80.
se olharem pela lente colonialista do “rock”, não enxergarão. Como o Groove Bar não enxerga sequer um elefante no meio da sala…
26/01/2010 às 10:37 pm
bernardo
o que eh pior? o groove de mauricinho colonizado q ligado no rock ou o pelô cheio de ladrão q vai lá pra roubar os mauricinho chinelada q tira onde de pobre? axé sempre foi inimigo do rock seu mané. vc q abriu a cabeça e neguinho enfiou a lavagem cerlebral de com força
26/01/2010 às 10:39 pm
Nei de carvalho bahia
Leão, dê nome aos bois, jogue no ventilador, diga onde aconteceram essas atrocidades!!!
Quanto a “qualidade” musical supostamente encontrada no Axé de Raiz( só se for de Aimpim), digo de cadeira,
26/01/2010 às 10:52 pm
cláudio moreira
rock para mim só faz sentido se for sinônimo de liberdade, de libertação…espiritual…jamais uma coisa de opressão, preconceito, consumismo…
T Rex na cabeça!!!!!!!!!!
26/01/2010 às 11:08 pm
cláudio moreira
T Rex: me refiro à banda de glitter rock setentista do saudoso Marc Bolan e não ao extinto animal pré-histórico
27/01/2010 às 6:18 am
FELIX
T REX é foda
tá bom de rolar um tributo aqui em ssa
they wont fool the children of the revolution
rock sempre!
a bahia tb é ROCK. sempre foi, ainda que queiram pinta-la de outras cores..
26/01/2010 às 11:10 pm
Nei de carvalho bahia
Leão, dê nome aos bois, jogue no ventilador, diga onde aconteceram essas atrocidades!!!
Quanto a “qualidade” musical supostamente encontrada no Axé de Raiz( só se for de Aimpim), digo de cadeira, MENTIRA, PURA MENTIRA.
As composições eram do mesmo nível, até porque os autores são os mesmos e a produção era pobre, muito pobre, tudo mal gravado, baterias eletrônicas com timbres de videogame Atari. Posso falar com autoridade nesse assunto, sou carnavalesco desde criança, gosto da festa por formação familiar, fui a baile infantil nos fantoches. Posso afirmar; Sarajane ou Ivete, jamil ou Banda Reflexus? Tudo do mesmo baixissimo nível.
Em tempo; se esse cara daí de cima é Axezeiro, deve ter fundado alguma religião particular, pois nem sabe o sentido que a palavra é usada dentro do camdomblé.
26/01/2010 às 11:24 pm
Lucas Jerzy Portela
a discussão ia bem até agora: debate de idéias com pluralismo.
aí este rapaz acima partiu pra ofensa pessoal, com pitadas de mentiras da Globo (“Pelourinho cheio de ladrão” – vou lá com frequência, e tá sempre cheio e tranquilo. E não se vê laivo de axé…).
Se cair pra este nível, não tenho como participar. E creio que ninguém mais.
De resto, cabe um elogio: é ótimo que hoje haja rockeiro radical sectário puro-sangue, outros nem tanto, outros que negociam bem com o axé, outros bem pop, e outros do axé mesmo.
E, entre coisa e outra, outras coisas: samba, hip hop, etc.
é sintoma de democracia esse pluralismo. O fim da dicotomia (falsa, repito) axé X rock (falsa não porque a oposição não houvesse e não haja ainda. Há. Acontece que o mundo musical é mais amplo do que dois ritmos apenas…).
Todo fim de binarismo, e advento de pluralismo, é bom sinal e tem bons efeitos.
Entre eles, discutir como se tem feito aqui.
(fora, é claro, o rapaz que escreve mal, xinga os outros, e acredita na Globo, acima).
27/01/2010 às 12:00 am
Lucas Jerzy Portela
Pra constar, Leão: o Cascadura fez, sim, concessões. Aderiu ao formato canção, que não estava lá antes.
E canção é, por definição, radiofonico e palatavel. Vendável.
E não há demérito algum em o Cascadura ter passado a fazer canção. Ao contrário: é sinal de maturidade, estética inclusive.
Toda a volta da força de autores que não são do eixo Rio-Sampa se deu, desde o MangueBeat, pela retomada do formato-canção (que até Chico Buarque dizia que estava morto).
Lá no blog você já deve conhecer uma série de entrevistas sobre o tema, e sua relevância na atual abertura e retomada bahiana. Vale a pena ler.
27/01/2010 às 1:39 am
bernardo
larga de mentira. todo mundo é roubado no pelô. até os t rex da vida
27/01/2010 às 2:21 am
Silvana Malta
Putz, dói ver gente teorizando tão profundamente sobre algo tão superficial como é o axé.
Leão colocou o dedo na ferida, que, por mais que gangrenada que esteja, sempre é bom dar mais uma cutucadinha, só pra garantir que apodreça de vez.
Foda é ter que aguentar a verborragia desses axezeiros metidos a intelectuais tentando justificar com termos pseudoacadêmicos e esse papo de pluralismo (que me dá náusea) a irresistível atração que têm por uma música de baixíssimo nível. Relaxa, gente! Vão mexer a bunda nos ensaios do Psirico sem culpa e deixa a gente aqui, se contorcendo de raiva e nojo. É mais jogo pra vocês, né não?
Só mais duas observações, para o caro Lucas Portela:
1) Nem vem com esse papo de “mentiras da Globo”. O Pelourinho tá apavorante mesmo. Quem quiser que caia na conversa fiada do governo. Fui lá duas vezes neste verão (em fins de semana!) e tava tão sinistro (vazio, sem policiamento) que senti medo de não consegui voltar pra casa.
2) O Cascadura sempre fez canção. Desde o primeiro disco, aquele que fala de gente como você, sabe? que “finge estar feliz pulando no asfalto”.
27/01/2010 às 2:26 am
Silvana Malta
Só um teste pra saber se esse blog tem moderação de comentários.
27/01/2010 às 4:30 am
ernesto
enquanto o texto de Lion reinvindica sem grosseria a inclusão do rock (sem misturas ok?) como algo que tambem deve ser valorizado e como parte da pluralidade cultural, os argumentos de Lucas Jerzy são excludentes e preconceituosos em relação ao rock (sem mistureba ok?). e portanto Lucas Jerzy tá sendo um puta de um reacionário, apesar de tentar posar de vestal da diversidade. e mais, sempre teve roubo e ladrão no Pelô e todo mundo sabe disso. eu já fui roubado lá, amigos e amigas tb, amigos de fora tb. basta ter aglomeração ali q é um tal de roubo de celular, mão alheia no bolso pra levar carteira. sempre teve muito ladrão ali. tinha na época do Malvadeza Cabeça Branca e agora tambem tem na época de Wagareza Cabelo de Q-bôa.
27/01/2010 às 6:22 am
Lucas Jerzy Portela
Ele insiste no nível de argumento sub-esgoto. Incrível!
vou repetir: vou no Pelô toda semana, mais de uma vez na semana, e nada de errado me acontece. E, desde 2007, me sinto especialmente seguro lá.
Esse discurso de “larga de mentira: todo mundo é roubado lá” nem mais Globo é: é Veja mesmo!.
E com Vejistas e psicóticos não se discute. Sequer se lamenta…
27/01/2010 às 7:23 am
palavrario
Sinceramente, espero que não baixem o nível nos debates aqui. Não é esta a ideia do blog… Discussão sempre é salutar, mas bate-boca e acusações não.
Por isso (veja só Silvana), que manterei a mediação dos comentários. Inclusive para NÃO PERMITIR COMENTÁRIOS ANÔNIMOS (e isso vai para o cara que escreveu anonimamente mais cedo).
Este blog tem autor e está aberto para qualquer debate, mas tem que assinar o que se diz/escreve… ok???
…
Quanto ao Cascadura, L.J.Portela, eles sempre fizeram canções. Tudo bem que antes era algo mais hermético e voltado para uma estética retrô, mas sempre foram músicas no formato canção.
Não vejo concessão na carreira do Casca. Houve, sim, uma mudança de direção, uma modernização que, para muitos, desagradou e, para outros, inclusive para eles, possibilitou uma ampliação do público… Mas o Cascadura sempre foi ROCK. E com esse rock, retrô ou moderninho, tem conseguido estar nos festivais de verão e percorrer o circuitão carnavalesco em cima de um trio. Mérito total dos caras e de quem trabalha com eles.
ósculos e amplexos
L~
27/01/2010 às 7:25 am
palavrario
Só para constar, além desse nosso papo aqui, recebi, até o momento, mais de 20 comentários e contribuições sobre o tema (com alguns me xingando) via e-mail.
Infelizmente, algumas pessoas não querem divulgar suas ideias publicamente…
Mas vamos em frente…
L~
27/01/2010 às 7:48 am
Lucas Jerzy Portela
Ernesto,
em que momento eu fui “excludente e preconceituoso em relação ao rock”?
falácia não cabe aqui. E me taxar de reacionário só te faz cair num discurso delirante.
Eu apenas apontei um fato, que aponto a mais de década: a oposição axé X rock é falsa porque binária, porque excludente duplamente, porque limitante e limitada.
Você pode concordar, discordar ou muito-pelo-ao-contrário. Mas dizer que estou sendo “excludente e preconceituoso em relação ao rock” é choramingo de menino criado com vó. Tipo: “assim eu não brinco mais”.
27/01/2010 às 7:52 am
Lucas Jerzy Portela
Silvana,
1) taxar a mim de axezeiro é, alem de falso, limitante. Eu frequento muito mais o Mozart nas Igrejas da OSBA do que qualquer festa, o ano inteiro.
Mas como na sua visão de mundo só há axé de um lado, e rock do outro, quem curte música erudita, samba e jazz entra onde?
Ah, não entra. Né?
2) vou repetir: vou ao Pelourinho sempre e sempre e sempre. E nunca me ocorreu nada. Talvez porque, como sempre pulei carnaval na pipoca (apesar do axé e ainda quando o axé imperava – porque quem gosta de carnaval gosta de carnaval, toque o que tocar), aprendi alguma malandragem e não me porto como paulista. Não levo carteira no bolso, por exemplo.
Mas é fato: eu nunca vi o Pelô tão cheio e tão seguro. Não falo por propagandas. falo pelo que vejo e vivo.
Se sua experiência não tem sido esta, é uma pena. A minha tem sido. E a de muita gente.
27/01/2010 às 7:57 am
Lucas Jerzy Portela
eu acho é graça:
excludente sou eu, apesar de a dicotomia axé X rock excluir o samba, o jazz e a música erudita.
reacionário sou eu, apesar de tal binarismo é que mantem tudo como estava antes, não anda um passo, é inoperante e não melhora nada.
que discurso mais PSTU…!
27/01/2010 às 8:02 am
palavrario
Mas nós não estamos aqui discutindo justamente a “dicotomia axé X rock” e como um sucumbiu ao outro (ou pelo menos algumas bandas/artistas assim demonstram)???
Pelo menos, nessa conversa o samba, o jazz e a música erudita estão excluídos, sim… Pelo menos, por enquanto… hehehe
27/01/2010 às 8:06 am
Lucas Jerzy Portela
Pois é. É aí que discordo:
1) ninguem sucumbiu ao outro;
2) porque se incluiu a musica erudita (o Neojiba e a nova OSBA) o jazz (Orkestra rumpilezz) o samba (Clube da Malandragem e outros).
se aqui tudo isso esta excluido, mais um sinal de que os ditos “rockeiros” não conseguem enxergar para fora do binarismo.
e sem sair do binarismo, a impressão que pode dar é que alguem “sucumbiu”.
quando, ao contrario, justamente acabou o binarismo. E ainda bem!
(e em tempo: eu nunca li uma linha daqui excluindo mentalmente a musica erudita, o jazz e o samba. Entre outros ritmos. Sem o que o pos-axezismo nao existiria. O que sugiro é que se olhe a realidade com lentes mais hodiernas e plurais).
27/01/2010 às 8:20 am
palavrario
Lucas, quem incluiu “musica erudita (o Neojiba e a nova OSBA) o jazz (Orkestra rumpilezz) o samba (Clube da Malandragem e outros)”?????
eu não falei nada sobre isso… e ninguém mais aqui nos comentários
se você está se referindo à revista Bravo!… esse não foi o mote do texto que originou esse debate…
de minha parte, achei legal a revista especial sobre a Bahia… mas apenas pelo fato de termos uma revista sobre a cultura na Bahia… pq, de fato, os textos e abordagens estão super fracos… (mas isso é tema para outro debate… hehehe)
27/01/2010 às 8:28 am
palavrario
e quem está falando de binarismo é vc…
eu poderia falar sobre esse pluralismo… e dos contrapontos do axé com os outros gêneros musicais… mas, preferi e prefiro falar sobre o universo rock…
os outros gêneros que se posicionem
ou vc acha que toda essa discussão tem que ser abordada em cada texto???
ou seja, para falar sobre a disputa entre flamengo e vasco temos que fazer um tratado sobre a economia/política do futebol?? ou sobre os aspectos antropológicos, sociológicos, tribalistas das torcidas… ou de como as torcidas organizadas são um problema??… ou comparar essa disputa com outras disputas futebolísticas ao redor do planea?????
não…
já que vc é tão afeito às visões academicistas (digo isso face às suas palavras), tome esse debate como apenas um estudo de caso… o caso “Como rockeiros ex-radicais acabaram incorporando elementos da cultura local e acabaram se tornando radicais ex-rockeiros”…
L~
27/01/2010 às 8:32 am
Lucas Jerzy Portela
ao contrário: eu sou anti-academico e inacademico.
eu sou pela sofisticação e pela ação.
a Universidade é por definição incapaz de agir e de sofisticar (já que repete eternamente um mesmo discurso, incapaz de ver ou produzir novidades).
27/01/2010 às 8:09 am
Lucas Jerzy Portela
alias, o proprio conceito de Pos-Axe extrapola os limites da musica.
Dizer que o pos-axe rompe o binarismo, e dá espaço pro jazz e pra musica erudita, é ainda pouco.
Há que se considerar uma nova politica de museus, de produção e recuperação filmica, etc.
assim como a Avant Gard de Mangabeira centrava-se na musica (de Keolreuter e Smetak), mas a transpunha e muito, ate o cinema de Dr. Walter da Silveira, a arquitetura de Diogenes Rebouças, e a etnografia de Verger.
27/01/2010 às 8:13 am
Lucas Jerzy Portela
Então, note. O que se pode chamar de pos-axe é uma mudança de varios eixos, eixos-de-eixos, e não apenas do eixo axe X rock.
Mas para isso, friso e lembro: o pos-axe é pos-axeSISTEM, e nao axeMUSIC.
mudou-se o sistema politico e financeiro que o regia. Não a estetica meramente, ou principalmente.
senão vejamos:
1) na musica, acaba o binarismo. Ha um pluralismo que leva a mistura e ao dialogo;
2) o foco cultural sai da musica em direção ás outras artes;
3) e destas para a idéia de ocupacao de espaço, nao apenas museulogico, mas tambem cenico (vide o Centro Cultural de Plataforma);
4) e da capital para o interior. Especialmente para o Reconcavo.
Reduzir isso a uma afirmacao como”o rock sucumbiu ao axezão”, alem de totalmente desgarrado da realidade, não cobre 1/10 da complexidade da questão.
Mas repito: seu texto é otimo, e o debate que levanta (apesar dos eventuais marinbondos azucrinando), é otimo, necessario, e pertinente.
Ainda que eu nao concorde com quase nada. Mas discordar de coisa bem-embasada é uma dadiva!
27/01/2010 às 8:25 am
Lucas Jerzy Portela
Exato. Ninguem incluiu: so eu.
é disso que estou falando!
Eu sempre me recusei a pensar a musica na Bahia como axe X rock.
aceitava esse binarismo como forma de resistencia. Isto é: por valor heuristico, operativo. Que ja nao tem mais.
Sem incluir a musica erudita, o jazz e o samba no que se chama de pos-axe, como compreender a Orkestra Rumpilezz? Pode me explicar?! E o Neojiba? A gente compreenderia como?
são peças chave da atualidade! Longe leguas de qualquer laivo de axe-music. Mas sem as quais, a realidade atual fica incompreenvisivel. E ai se cai neste binarismo daqui, de novo.
27/01/2010 às 8:27 am
Lucas Jerzy Portela
Não me referia a “Revista Bravo!”
e sim ao que ela mostra.
E que eu observo, participo e frequento MUITO ANTES DE A BRAVO! MOSTRAR OU DESCOBRIR!
é disso que estou falando.
27/01/2010 às 8:29 am
Lucas Jerzy Portela
sim, a qualidade editorial da Bravo! despencou desde que a D’Avila vendeu a revista pra Abril.
ainda assim, o caderno especial sobre a Bahia tem um nivel superior a media atual. Inclusive porque a Bravo! chamou articulistas da Carta Capital e de outras revistas para escrever.
Mas insisto: não é o que diz a Bravo!, ou porque a Bravo! diz.
é apesar de a Bravo! dizer. Tudo que a Bravo! diz eu acompanho, penso, e escrevo há anos, muito antes de a Bravo! descobrir que existe.
27/01/2010 às 8:37 am
Lucas Jerzy Portela
sobre “rockeiros radicais” uma palavra sobre radicalismo:
1) radicalismo é fundamental nos principios. Não haver principios radicais é uma patologia moral;
2) mas pessimos nas ações, na tatica. Se a tatica for radical, tambem é sinal de doença.
enfim, vou trampear que amanhã a Mauriceia Desvairada do Capibaribe me aguarda.
27/01/2010 às 10:26 am
cláudio moreira
Coloco aí as sábias palavras de meu amigo carioca Carlos Lopes (Mustang/www.omartelo.com, produtor, escritor e jornalista) que assumiu para a banda dele o termo que criei para definir a sonoridade atual da banda dele: MPR (Música Popular Roqueira). Grande figura. Viva a Mustang!!!!!!!!!!!!!
“Música deve sempre ser escrita com alma, seja ela qual for. Quando me refiro a possuir alma, digo ater-me à essência original, à matriz. A alma negra do rock emana da crueza, do suíngue, do ritmo tribal que toma conta do corpo, transpôe o impossível. O rock é fruto de um ritmo sensual emanado das classes oprimidas, algo bem diferente das composições de Bach que eram tocadas por brancos para brancos em igrejas e salões. Algo elevado, porém bastante religioso e reprimido. O paralelo na nossa cultura é a incorporação em centros espíritas, umbanda e candomblé, onde os deuses negros e brancos se fundem. O rock é mistura da música sertaneja, caipira, norte-americana com os cantos negros. A quantidade de notas vem dos brancos, o ritmo vem dos negros. Quando se nega isso, nega-se a verdadeira essência do rock. A verdadeira essência do funk”.
“Aprendi com a espiritualidade, a me desapegar das aparências. A não cobrar, mas também a não mentir para mim. Esse tipo de apego e cobrança só trás sofrimento. Deixei o que meu futuro fosse decidido mais pelo coração, e menos pela razão. Paguei um alto preço durante vários anos: sofrimento, incompreensão e preconceito, mas ninguém é obrigado a evoluir, ou compreender o mundo com os mesmos olhos. Todos têm o direito de ser diferentes. Eu tenho o dever de comandar minha vida”.
Entrevista de Carlos Lopes para Marcos Bragatto – Revista Outra Coisa – 2005
27/01/2010 às 10:33 am
Lucas Jerzy Portela
é um bom termo. O Círculo não se auto-denominava “Rock Popular Brasileiro”? Era também um bom conceito: rico, operativo, sustentável.
27/01/2010 às 10:48 am
cláudio moreira
Pois é, pode não ser o maior talento musical do mundo, mas Carlos Lopes é o elo perdido entre alma rocker e individuação não-colonizada e transcendental…uma figura ímpar…um artista livre dos próprios paradgmas do rock…um artista na verdadeira acepção da palavra…
27/01/2010 às 11:05 am
Nei de Carvalho Bahia
Leão, você encontrou seu Eduardo Luedy!!!!!
27/01/2010 às 11:12 am
Charles Carmo
Leão,
o rock já nasceu da mistura. Foi justamente misturando rítimos e influências que ele veio ao mundo. Eu também não gosto de axé, mas isso é outro papo.
Misturar ou não, para mim, não é o essencial. Afinal, quem vai dizer o que é misturado ou é puro? (sem trocadilhos infames )
A questão tá na sonoridade, na melodia, na batida, na pegada, em qualquer lugar, menos na mistura.
Ok, alguém pode me dizer que axé não é bom misturado com nada. Vá lá, tenho que aceitar que a tendência é esta.
Mas a verdade é que eu também gosto de tequila com limão e sal.
Um forte amplexo.
Charles Carmo
27/01/2010 às 11:16 am
Chico
Acho que ficar reproduzindo essa concepção equivocada de que Ronei e os Retros são culpados de alguma coisa é de um desserviço imenso ao rock baiano. Os caras são de um talento absurdo e abrir mão deles agora é de um burrice sem tamanho. Agora, mais do que nunca, é a hora do rock baiano abraçá-los – e não, por conta de um sectarismo retrógrado, isolá-los. Eles sempre foram do rock e continuam sendo. Se eles são culpados de alguma coisa, é de fazer música atemporal e livre de rótulos, que atropela gostos pessoais de forma absolutamente brilhante. Se sua música hj parece menos roqueira na sua acepção mais pura, isso é decorrente de uma evolução dos caras enquanto os artistas superiores que são. Mas suas origens jazem profundas na vanguarda do rock local. Agora que o reconhecimento de fora do meio roqueiro está vindo para eles, é, mais do que nunca, a hora de lembrar que foi do rock que eles vieram e ao qual ainda pertencem. Se o rock baiano virar as costas para esses caras, é por que não ele vale nada mesmo e merece continuar na merda em que sempre esteve. Tá falado.
27/01/2010 às 12:22 pm
palavrario
Chico, meu velho…
vc disse… “Se sua música hj parece menos roqueira na sua acepção mais pura, isso é decorrente de uma evolução dos caras enquanto os artistas superiores que são”…
que porra é essa??? que conceito de evolução é esse???
artistas superiores??? o q é isso??? existe essa diferenciação??? assim vc vai querer me convencer que existe cultura melhor ou superior a outra…
sempre curti e curto o som de Roney… mas esse “reconhecimento de fora do meio roqueiro” só veio pq eles não são mais rockers… e isso não é problema para quem faz e para quem curte… é problema para mim (e tantos outros) que gostariam de ver esse reconhecimento sem que as bandas mudassem tanto os seus sons… e não tou falando quem incorpora “novidades” por gosto ou por estratégia… isso é problemas de lá eles…
27/01/2010 às 12:35 pm
Chico
Rapaz, na boa, acho o disco de Ronei mais rock do que muita banda que usa preto e faz cara de mau – rock no sentido mais libertário da palavra, de fazer música boa e ousada sem se prender a questões de rótulo. E não, eu não quis dizer que “existe cultura melhor ou superior a outra”. O que existe são artistas superiores a questões de gêneros e rótulos (e tb a outros artistas). E – me desculpe se vc discorda – com seus últimos discos, Ronei e os Retros se demonstraram artistas desse calibre: superiores a rótulos e gêneros musicais. Acho que vc está certíssimo quando diz que é um problema seu ficar chateado por que esse reconhecimento veio “pq eles não são mais rockers”. Permita-me discordar. Para mim, hj, eles são mais rockers do que nunca. Claro, isso é só como eu vejo – não é uma verdade absoluta.
27/01/2010 às 12:24 pm
palavrario
ah… e quem tá repetindo que retros e roneys são culpados de algo… eles só fazem o que curtem… é o direito deles
assim com é direito meu gostar ou não gostar
assim como é direito meu dizer se gosto ou não gosto
27/01/2010 às 11:43 am
cláudio moreira
Aproveita e toma Mustang!!!
Divulgação oficial do Mustang V no MySpace:
acesse http://br.myspace.com
Clique “música” em “hoje no MySpace”
27/01/2010 às 11:48 am
cláudio moreira
na verdade, o link correto está aqui
http://www.myspace.com/mustangbandcombr
27/01/2010 às 12:32 pm
palavrario
…
uma coisa eu aprendi com a vida… em um debate, atenha-se ao tema, não ao que vc pensa da pessoa com a qual está debatendo
espero que possamos continuar nesse e em outros posts… aqui e em outros blogs e momentos
pq só tenho visto o contrário pululando de todos os lados…
27/01/2010 às 12:36 pm
Lucas Jerzy Portela
obrigado pela parte que me toca, Chico.
estava a pouco por email dizendo isso a Leão: estou adorando o nível de civilidade e de consistência no debate aqui. Mesmo em pontos de vista dos quais discordo frontalmente.
Há marinbondos idiocratas? Claro, sempre há! Felizmente não são a regra – e por posturas como a sua claramente não são bem-vindos.
Parabéns a todos que mantiveram um debate assim até aqui. Chega dá inveja…
27/01/2010 às 2:08 pm
palavrario
é, meu povo, tava tentando não censurar/barrar nenhum comentário, mas alguns de vcs não conseguem seguir as simples regras da boa convivência, mesmo que virtualmente… e tive que apagar as últimas intervenções
espero que as mágoas e diferenças sejam resolvidas, de forma civilizada ou não, em outras paragens…
aos que contribuíram e se interessam em debater… valeu
vou tentar manter o blog mais ativo (é, Cebola, é bem mais difícil do que pensava…)
e espero que voltemos a dialogar virtualmente (e pessoalmente) sobre este e/ou outros temas…
ósculos e amplexos a todas e todos
L~
27/01/2010 às 2:52 pm
Nei de Carvalho Bahia
Chico, esqueça esse linha Oswaldinhana de pensamento; “Rock é uma idéia!!”
Não é não, rock é um gênero musical, que vive sendo vítima de caronistas do tipo Márcio Melo, Rebeca Matta, Los Hermanos, que usam ele como usam papel higiênico, quando fazem besteira , não sabem pra onde ir com suas carreiras, sacam a guitarra, distorcem o som e depois jogam fora.
Sou fã de carteirinha de Roney, acho ele o MELHOR frontman que o rock baiano produziu, mais ele e seus companheiroa de banda NÃO FAZEM ROCK, nunca foi a intenção deles fazer, no que tem todo o direito. No geral, os shows são bons , muito bons, os discos irregulares.
obs: Cláudio, vá ver se eu estou no Haiti!!!
27/01/2010 às 3:43 pm
Airthon
Queria saber o que alguns aí tem contra rebolar a bunda… São roqueiros? Já ouviram falar em Elvis, por exemplo?
E Timbalada pra mim é no mínimo um milhão de vezes melhor do que, sei lá, o Camisa de Vênus, pra ficar numa banda que já acabou. O mesmo vale pro primeiro disco do Olodum, de 1987! (só conheço esse)
Quanto ao “axé antigo” ter produção pobre, ser mal gravado, baterias eletrônicas com timbres de videogame Atari, é verdade em boa parte dos casos, mas desde quando esses são críterios definitivos e absolutos pra se decidir se uma música é boa? O rock não tem exemplos parecidos?
27/01/2010 às 3:48 pm
Airthon
crtitérios*
E acho que nêgo aqui esquece que axé é música pra carnaval, segue uma tradição de músicas carnavalescas. Tem esse propósito e deve ser analisada dentro disso.
No mais: tudo que escrevi não quer dizer, obviamente, que vejo o axé como uma total maravilha, nem que gosto da maioria de sua produção, mesmo da produção antiga. Quero dizer apenas que, nesses anos todos, tem coisas muito boas e tem mesmo, sem qualquer dúvida!
27/01/2010 às 4:00 pm
Piquet
rapaz tô impressionado como o rock baiano axezou total mesmo. bell do chicrete deve tá achando o máximo esses roqueiros fazendo resgate de axé e bell nem tchuns pros roqueiros baianos. vão ser ingênuos assim lá no sarau do brown.
28/01/2010 às 1:02 pm
palavrario
………AVISO……….
apaguei alguns comentários pq se tratavam de conversas pessoais ou acusações mútuas…
e será assim daqui por diante… só serão mantidos no blog comentários sobre temas/assuntos…
comentários sobre as pessoas que estiverem participando do debate/fórum/comentários devem ser feitos diretamente entre os interessados
valeu
ósculos e amplexos
L~
29/01/2010 às 9:22 am
Marcos Rodrigues
Opa, isso aqui ta’ pegando fogo Leão 🙂 Curioso é que sua constatação entra em sincronia completa com o que rolou nos comentarios do http://clashcityrockers.blogspot.com/, dia 21 e o texto de Miguel Cordeiro do dia 23 http://www.miguelcordeiroarquivos.blogger.com.br/ que tb ta’ no CCR. E’ isso ai, meu caro. Abç.
31/01/2010 às 9:58 am
Lubisco
Leão,
excelente este espaço para discussão. Lamento muito pelo trabalhao q vc está tendo moderando comentários inapropriados. Tenho um blog e, no passado, precisei agir com mais firmeza pois há uma confusão muito frequente entre um fórum para expressar nossa opinião, discutir, trocar ideia e uma tribuna de ofensas.
A nossa geração (estou nesta estrada há tanto tempo quanto vc, só que na parte debaixo do palco) de fato sofreu com a monocultura homogeneizadora do Axé e, naquele momento em que começávamos a tocar, formar bandas de garagem (e isto não é uma metáfora) precisamos radicalizar pra não sucumbir. O mundo mudou…e não quero dizer com isso que vc tenha que mudar tb. Acho ótimo haver este espaço para um “rocker radical” se posicionar tão firmemente. Mais, acho amadurecido permitir que as pessoas discutam em alto nível como Lucas, Chico e alguns outros.
Sobre o tema em si, entendo que, no final das contas, toda expressão artística deve ser analisada sob o prisma da “estética da recepção”. Ou seja, gosto ou não gosto. Tenho calafrios com “música de qualidade”, “boa música” etc etc. Obviamente há a questão do mercado fonográfico que não pode ser desconsiderada. Hoje, infelizmente(?)ruim para todo mundo. Não seria ingênuo em confundir as tendências mercadológicas com receptividade de determinada expressão artística. Não, não estou incorrendo neste equívoco pueril.
Então, refletindo sobre o tema, pois seu post e alguns comentários são bastante provocativos, pensei nos conceitos de rock puro e música de qualidade. E tudo que veio depois de Elvis e The Beatles não seriam corrupção do Rock? E quando os garotos de Liverpool gravaram, de Phil Medley e Burt Russell:
“Well, shake it up baby now (Shake it up baby)
Twist and shout (Twist and shout)
Come on, come on, come, come on baby now (Come on baby)
Come on and work it on out (Work it on out)
Well work it on out, honey (Work it on out)
You know you look so good (Look so good)
You know you got me goin’ now (Got me goin’)
Just like I knew you would (Like I knew you would)”
Isto deve ter soado, para os pais dos adolescente que gritavam histeriacamente nos shows na década de 60, como “bota a mão no joelho e dá uma abaixadinha. Vai mexendo gostoso, balançando a bundinha”. Não sei, não sei, meu velho.
Talvez sejamos, hoje, o que aqueles pais foram há 50 anos.
Parabéns pelo espaço democrático e pela mediação.
Só mais uma coisa: Silvana, a respeito do Pelourinho, disse: “Quem quiser que caia na conversa fiada do governo”. É importante deixar claro que o Pelourinho, assim como qquer outro bairro da cidade, é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Salvador. O Governo a que ela se refere deve(ria) ser, neste caso, não é o governo do estado mas, sim, a gestão pública, a entidade que gere o municipio.
31/01/2010 às 1:47 pm
Cebola
Leão, man, deixa eu me aproveitar do seu blog pra uma propagandinha: Dia 2 de Fevereiro pra mim será importante por que: http://www.oculosdecebola.blogspot.com . Hehe.
01/02/2010 às 4:38 pm
ademar
nossa, quanta desculpa esfarrapada para justificar q agora o roquero baiano faz axé. é melhor assumir isso do q ficar se explicando. er qto ao Pelô a responsabilidade daquele local é do governo estadual sim. e o Pelô tá no bagaço sendo do governo ou da prefeitura. quem lembra do Pelô em 1994 até 1997, hein?
q beleza era aquilo e agora tá um lixo
01/02/2010 às 5:01 pm
Lucas Jerzy Portela
é difícil, para não dizer impossível, discutir com alguém que acha que a grande solução pro Pelourinho é transformá-lo num Shopping, e fazê-lo deixar de ser bairro (residencial inclusive) – que é o que foi feito entre 1994 e 2004, e que justamente levou-o a derrocada.
Hoje a história é bem diferente. E não atoa o Escritorio de Referencia do Centro Antigo levou premio da Caixa Economica Federal como uma das 20 praticas governamentais de maior relevância e impacto social do país.
e vai concorrer a prêmio similar, pela ONU, em Dubbai, em março. Se ganhar, quero ver o que os ex-anti-carlistas (porque no fim é isso que vocês, roqueiros xiitas são: morrem de saudade da ditadura, pra ter do que reclamar de verdade. É a lógica do quanto pior, melhor) como é que essa galera que faz coro ao Jornal Já Vai Tarde vai reagir…
de resto, me mantenho fora da discussão. Este espaço já se mostrou por demais mal-administrado e mal-frequentado para que eu continue a discutir.
Vim apenas alertar para dois fatos. E com fatos não se discute: é como dar murro em ponta de faca.
01/02/2010 às 5:59 pm
Lubisco
Ademar,
não me parece que, em nenhuma momento, há justificativas para se fazer axé ou fazer rock. Há pessoas debatendo ideias, concordando com uns, discordando de outros amadurecidamente e tentando argumentar de forma consistente.
Quanto ao pelourinho, de fato, não é mais o mesmo. Mas, reitero o que disse: O pelourinho é uma reponsabilidade da prefeitura e não do governo do estado. E do perído de 94 a 97, lembro-me da ausência completa de uma política de cultura que agraciasse tantas expressões artísticas diferentes, em todo o estado, como se faz hj. Não sou filiado a nenhum partido político, não faço parte do governo nem, tampouco defendo este ou aquelegestor público, mas não há comparação, ao menos na área cultural, entre as iniciativas da atual gestão e os 16 anos que a precederam.
Gostaria de reforçar a palavras de Lucas quando parabeniza aos que mantiveram o nível do debate, mesmo quando discordaram frontalmente de outra opinião. E, em tempo, congratular Leão, pelo espaço democrático.
01/02/2010 às 7:45 pm
Cebola
Lubisco, véi, esta jogada para cima do contexto histórico, geográfico, moral, social, blablabla, foi fofa, héim? Os detalhes, ESSES detalhes, fazem uma diferença absurda…
01/02/2010 às 7:47 pm
Cebola
Quis dizer foda, no lugar de fofa. Foi mal.
01/02/2010 às 7:49 pm
Cebola
me refiro ao coment sobre Twist and Shout, claro.
01/02/2010 às 8:55 pm
ademar
na real mesmo axezêro é axezêro e rock en roll é rock en roll. fique com vergonha não de dizer q é agora chicleteiro, pssoal. ijexá, guitaarinha baiana, carnaval.
02/02/2010 às 4:10 am
Silvana Malta
Lubisco
Trabalhei como repórter da Secretaria Municipal de Comunicação Social (SMCS) durante três longos anos (2004/2005/2006), o que considero experiência suficiente para saber quais as competências da Prefeitura de Salvador.
O Pelourinho não é como “qualquer outro bairro da cidade”. Ele pertence ao Centro Histórico, área tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Daí o fato de o governo estadual ser responsável pela sua gestão cultural e patrimonial.
02/02/2010 às 12:42 pm
ademar
sinceramente, é muito melhor esse pessoal assumir de vez q fazem axé, q gostam de axé. é ridículo ficar pegando musica dos beatles, do black sabbath ou do alice in chains pra justificar o q não pode se justificar. axezêro é axezêro e rock en roll é rock en roll.
02/02/2010 às 1:46 pm
Lubisco
Silvana,
De fato a sua experiencia prática é infinitamente maior que a minha, pois vivo em sala de aula e eventualmente trabalhando com educação no terceiro setor. Então respeito demais o que vc está dizendo. Entretando, o atual Secretário de Cultura também discorda de vc, como certa feita afirmou categoriacamente em entrevista ao Bahia Meio Dia da Rede Globo, no auge da crise do Pelourinho, que a responsabilidade era da PMS. Pelo visto, esta é uma daquelas áreas de dificil denominador comum. Ainda assim, agradeço a informação e a civilidade no debate. Isto só enriquece a discussão.
Cebola, meu velho, ri demais com o FOFA!!!!!!! Claro q tudo q vc falou faz diferença. Não nego isso. O que não faz diferença é o choque de gerações. Engraçado que andei estudando isso em função de um ocorrido em uma das escolas que ensino. Os objetos das discordias variam, mas a tônica entre as diferentes gerações se mantem. Foi este o meu foco. Só isso. Uma pimenta neste caldeirão. Man, por sinal, sensacional sua maneira tranquila, direta e sem melindres de argumentar. Trouxe leveza ao debate. Até aprece o band leader da Banda de Rock Triste! Um abraço meu velho.
Ademar, é Rock’n’Roll.
03/02/2010 às 7:21 pm
Cebola
Este choque é a faísca, man, que incendeia a mesmice, de qualquer forma. As vezes pro bem, as vezes pro mal. Mas conheço um fã de elvis (baixista da rock triste, por sinal, que não ia ser tão tranquilo assim não, hehehe. Relaxe q eu seguro a fera. abração.